A dona de casa Geovana Barros, de 42 anos, já recorreu a todas as instâncias que poderia. A mãe de Diego, de oito, diagnosticado com autismo, batalha pelo direito do filho de ter um professor de apoio na Escola Municipal Oscarina da Costa, no Jardim Catarina, há dois anos. Segundo ela, a única resposta que ouve das autoridades é a de que tem que esperar, enquanto o desenvolvimento do menino atrasa. Ela é uma das mães de São Gonçalo que temem a volta às aulas, em agosto, sem a presença dos profissionais. Algumas crianças não ficam em sala de aula sem o acompanhamento, como Diego, que não consegue se expressar verbalmente.
— Sou cobrada como mãe, mas fico limitada sem esse apoio. O atendimento em São Gonçalo é precário. Infelizmente, a criança não é priorizada — acusa Geovana.
Ela mantêm um grupo no WhatsApp das mães de crianças autistas de São Gonçalo e, nas conversas, a falta de professores de apoio no município é queixa unânime. Elas contam que, com o fim do contrato dos professores terceirizados, o jeito é esperar pelos concursados.
A dona de casa Renata Elias, de 39, mãe de Antônio, de 10, ainda não teve coragem de contar ao filho que, quando voltar de férias, não terá a professora de apoio na Escola Municipal Bairro Almerinda:
— Nem imagino a reação dele. Ele confiava muito nela e estava se desenvolvendo. Vai ser difícil se adaptar a outra pessoa. Tenho medo do quanto ele pode regredir.
Ana Cristina Alves, também dona de casa, tem a mesma agonia em relação à Escola Mana Júnior, no Antonina, onde o filho, João Gabriel, de 10, estuda com mais 20 alunos com necessidades especiais:
— Essa luta é muito cansativa, pra mim e pra ele.
Promessa de solução
A Subsecretaria de Ensino e Apoio Pedagógico informou que houve um concurso para professor de apoio e 182 candidatos foram aprovados. Destes, 23 teriam sido chamados. O concurso foi feito para as vagas existentes na rede municipal. Os professores ainda serão apresentados ao funcionamento da rede e escolherão a unidade que irão atuar. O órgão não informou prazos.
A subsecretaria afirma que tem mapas que controlam a entrada, remanejamento e saída dos estudantes com deficiência na rede, e necessidades e atendimentos nas salas de recursos.
Segundo a prefeitura, foi firmada uma parceria com as instituições Apae e Cadevisg para atendimento educacional especializado além do Centro de Inclusão Municipal, que compõe a rede. A prefeitura está realizando um censo de pessoas com autismo.
Falta de acompanhamento causa danos
Para o aluno com alguma necessidade especial — física ou cognitiva — o acompanhamento do professor de apoio dentro de sala de aula é essencial. A psicopedagoga clínica e institucional Rafaela Agra explica o por quê:
— Esse profissional adequa as atividades trabalhadas em sala de aula às necessidades do aluno especial. Ele vai trabalhar de forma adaptada, mantendo o foco na criança.
A psicopedagoga explica ainda que o professor regente, aquele responsável por toda a turma, não tem como lidar com todos os alunos e a criança que requer uma atenção especial. Por isso, o professor de apoio é uma peça-chave na educação inclusiva.
Quando a continuidade no processo de acompanhamento é quebrada, os danos podem ser graves.
— No caso dos autistas, em especial, a quebra de rotina é muito prejudicial, desestabiliza. As autoridades precisam entender que o professor de apoio é essencial — comenta Rafaela.
Ela alerta ainda mães que, no desespero, tentam desempenhar o papel:
— É importante que as pessoas se conscientizem que é uma atividade profissional.A dona de casa Geovana Barros, de 42 anos, já recorreu a todas as instâncias que poderia. A mãe de Diego, de oito, diagnosticado com autismo, batalha pelo direito do filho de ter um professor de apoio na Escola Municipal Oscarina da Costa, no Jardim Catarina, há dois anos. Segundo ela, a única resposta que ouve das autoridades é a de que tem que esperar, enquanto o desenvolvimento do menino atrasa. Ela é uma das mães de São Gonçalo que temem a volta às aulas, em agosto, sem a presença dos profissionais. Algumas crianças não ficam em sala de aula sem o acompanhamento, como Diego, que não consegue se expressar verbalmente.
— Sou cobrada como mãe, mas fico limitada sem esse apoio. O atendimento em São Gonçalo é precário. Infelizmente, a criança não é priorizada — acusa Geovana.
Ela mantêm um grupo no WhatsApp das mães de crianças autistas de São Gonçalo e, nas conversas, a falta de professores de apoio no município é queixa unânime. Elas contam que, com o fim do contrato dos professores terceirizados, o jeito é esperar pelos concursados.
A dona de casa Renata Elias, de 39, mãe de Antônio, de 10, ainda não teve coragem de contar ao filho que, quando voltar de férias, não terá a professora de apoio na Escola Municipal Bairro Almerinda:
— Nem imagino a reação dele. Ele confiava muito nela e estava se desenvolvendo. Vai ser difícil se adaptar a outra pessoa. Tenho medo do quanto ele pode regredir.
Ana Cristina Alves, também dona de casa, tem a mesma agonia em relação à Escola Mana Júnior, no Antonina, onde o filho, João Gabriel, de 10, estuda com mais 20 alunos com necessidades especiais:
— Essa luta é muito cansativa, pra mim e pra ele.
Promessa de solução
A Subsecretaria de Ensino e Apoio Pedagógico informou que houve um concurso para professor de apoio e 182 candidatos foram aprovados. Destes, 23 teriam sido chamados. O concurso foi feito para as vagas existentes na rede municipal. Os professores ainda serão apresentados ao funcionamento da rede e escolherão a unidade que irão atuar. O órgão não informou prazos.
A subsecretaria afirma que tem mapas que controlam a entrada, remanejamento e saída dos estudantes com deficiência na rede, e necessidades e atendimentos nas salas de recursos.
Segundo a prefeitura, foi firmada uma parceria com as instituições Apae e Cadevisg para atendimento educacional especializado além do Centro de Inclusão Municipal, que compõe a rede. A prefeitura está realizando um censo de pessoas com autismo.
Falta de acompanhamento causa danos
Para o aluno com alguma necessidade especial — física ou cognitiva — o acompanhamento do professor de apoio dentro de sala de aula é essencial. A psicopedagoga clínica e institucional Rafaela Agra explica o por quê:
— Esse profissional adequa as atividades trabalhadas em sala de aula às necessidades do aluno especial. Ele vai trabalhar de forma adaptada, mantendo o foco na criança.
A psicopedagoga explica ainda que o professor regente, aquele responsável por toda a turma, não tem como lidar com todos os alunos e a criança que requer uma atenção especial. Por isso, o professor de apoio é uma peça-chave na educação inclusiva.
Quando a continuidade no processo de acompanhamento é quebrada, os danos podem ser graves.
— No caso dos autistas, em especial, a quebra de rotina é muito prejudicial, desestabiliza. As autoridades precisam entender que o professor de apoio é essencial — comenta Rafaela.
Ela alerta ainda mães que, no desespero, tentam desempenhar o papel:
— É importante que as pessoas se conscientizem que é uma atividade profissional.
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